DIANTE DA CONSCIENCIA
A vontade do Criador, na essência, é, para nós, a atitude mais elevada que somos capazes de assumir, onde estivermos,em favor de todas as criaturas.
Que vem a ser, porém, essa atitude mais elevada que estamos chamados a abraçar, diante dos outros? Sem dúvida, é a execução do dever que as leis do Eterno Bem nos preceituam para a felicidade geral, conquanto o dever adquira especificações determinadas, na pauta das circunstâncias.
Vejamos alguns dos nomes que o definem, nos lugares e condições em que somos levados a cumpri-lo:
- na conduta - sinceridade;
- no sentimento - limpeza;
- na idéia - elevação;
- na atividade - serviço;
- no repouso - dignidade;
- na alegria - temperança;
- na dor - paciência;
- no lar - devotamento;
- na rua - gentileza;
- na profissão - diligência;
- no estudo - aplicação;
- no poder - liberalidade;
- na afeição - equilíbrio;
- na corrigenda - misericórdia;
- na ofensa - perdão;
- no direito - desprendimento;
- na obrigação - resgate;
- na posse - abnegação;
- na carência - conformidade;
- na tentação - resistência;
- na conversa - proveito;
- no ensino - demonstração;
- no conselho - exemplo.
Em qualquer parte ou situação, não hesites quanto à atitude mais elevada a que nos achamos intimados pelos Propósitos Divinos, diante da consciência. Para encontrá-la, basta procures realizar o melhor de ti mesmo, a benefício dos outros, porquanto, onde e quando te esqueces de servir e mauxílio ao próximo, aí surpreenderás a vontade de Deus que, sustentando o Bem de Todos, nos atende ao anseio de paz efelicidade, conforme a paz e a felicidade que ofereçamos acada um.
ANDRÉ LUIZ(Do livro "Estude e Viva", Francisco Cândido Xavier e WaldoVieira)
RAIOS DE SOL
Se desejas aprender a lição da indulgência, observa o raio de sol...Dissipando a treva noturna, desce à Terra, cada dia,recapitulando, mil vezes, o mesmo ensinamento de serviço e de paz.
Não indaga pelas sombras da furna.
Não teme os vermes que se lhe associam.
Não se queixa da corrente enfermiça que flui dodespenhadeiro.
Desce, contente e feliz, à intimidade do precipício, com amesma radiação com que nutre fontes e flores.
Aquece o sábio e o ignorante, o santo e o malfeitor, os justos e os injustos, os bons e os maus, com a mesma generosidade, dentro da qual assinala os cimos do Céu.
Ampara a erva daninha e o bom grão, a árvore valiosa e o arbusto infeliz, com o mesmo carinho no qual se desdobra,claro e otimista, sobre lares e asilos, escolas e templos, hospitais e jardins.
Se a nuvem lhe empana o caminho, espera que a nuvem se dissolva e torna a fulgurar.
Se a tempestade agita o firmamento, aguarda a recuperação da harmonia e volta a missão do amor...
Não te esqueças.O mundo jaz repleto de obstáculos da incompreensão, de tormentos do ódio, temporais de lágrimas, provações e infortúnios...Aqui, em vales de sombra, medra, o escalracho da discórdia,ali, abre-se o abismo de aflitivas desilusões. Além,multiplicam-se cardos venenosos do orgulho e do exclusivismo, da penúria e da crueldade, e mais além,destacam se, agressivos e contundentes, largos espinheirosde intolerância...
Não perguntes, porém, pelos impedimentos prováveis.
Não relaciones as inquietações da marcha.
Recorda, que o Cristo é o Sol de nossas vidas e sê para as sendas que te cercam o raio de sol infatigável no bem,espalhando em tua passagem o júbilo da esperança renascente,o dom imperecível da luz e a graça do perdão.
Aprendamos a entesourar os dons da vida, respeitando os ensinamentos que o mundo nos impõe, na certeza de que entre a humildade e o trabalho, alcançaremos, um dia, os cimos da Luz.
EMMANUEL(Do livro "Jóia", FCXavier)
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