05 março 2008

AMAR A FAMÍLIA OU COMPRAR UMA FAMÍLIA?

Cristiano e Fernando em Niterói-RJ
Quando as crianças vêem anúncios na TV e pressionam os pais para que lhes comprem brinquedos e doces, ao atender as exigências, comprando coisas, é o início da situação do conssumismo, e hábitos errôneos.
Os Pais tendem a pensar que seus filhos são mais felizes, se tiverem condições de adquirir bens materiais, produtos da moda. Em geral, os Pais incentivam o consumismo, agindo desta forma,em vez de educar a criança.É uma atitude que reforça a crença de que se pode ter tudo e que as coisas materiais são a razão da felicidade.
Muitos pais, por ficarem longo tempo ausente de casa, cuidadando de seus afazeres, tentam compensar fazendo compras exageradas. Enchem os filhos de objetos e, rapidamente, as crianças aprendem a negociar. Tornam-se cada vez mais exigentes e consumistas.
Na adolescência, esta situação continua, em compras de aparelhos eletrônicos, que vão substituindo os brinquedos. São celulares, computadores e jogos eletrônicos de imediato substituídos, quando surgem novos modelos.As mesadas se tornam maiores e logo os filhos desaparecem de casa, em companhia de amigos. Vivem em noitadas intermináveis, com fácil acesso ao álcool, fumo e drogadição.O passo seguinte é comprar-lhes um carro, um apartamento...
E cabe então a pergunta: Nessas quase duas décadas em que vivem com os pais, que aprenderam? Que exemplos receberam?Será que conhecem verdadeiramente seus pais? Estão preparados para amar ou para comprar?E o que dizer dos pais? Será que realmente conhecem seus filhos? Sabem de seus sonhos e aspirações? Já ouviram suas frustrações e problemas?Chega-se então ao mundo adulto. E as situações infelizes continuam a ser resolvidas à base de compras.Roupas e sapatos, carros, vinhos, jóias. A ostentação esconde a infelicidade.Falsa é essa felicidade baseada em ter coisas. Ela estimula o materialismo e destrói o que temos de mais belo: a convivência familiar, a construção de lembranças preciosas.Amar a família inclui sustentá-la em suas necessidades, prover o estudo dos filhos, garantir alimentação e lazer.Mas, muito diferente é substituir a presença do amor pelo presente – por mais ricamente embalado que seja.Um filho é uma dádiva Divina. Uma responsabilidade que inclui não apenas dar-lhe coisas materiais, mas dar-lhe suporte emocional, psicológico.É preciso falar com os filhos, conhecê-los, sondar o que pensam, refletir sobre o que fazem.O mesmo vale para o casal: depois de alguns anos de convivência, as conversas, antes tão íntimas, costumam ser substituídas por presentes, como flores e jóias.
Aos poucos se esvai a cumplicidade, a parceria e até a atração. Por tudo isso, reflita hoje: Estou amando ou comprando minha família?
Texto baseado em “Momento Espírita”.

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