19 janeiro 2008

BRILHO INTERIOR*ROMPANTES*



ROMPANTES
A vida moderna caracteriza-se pela pressa. Os recursos tecnológicos permitem que pessoas distantes troquem mensagens de forma instantânea. A internet viabiliza a circulação de informações com rapidez vertiginosa. Se algo relevante acontece em determinado país, em instantes isso pode ser levado ao conhecimento dos habitantes do outro lado do globo. O dinheiro circula com grande desenvoltura pelas bolsas de valores de todo o planeta.
No jargão empresarial, tempo é dinheiro. Decisões importantes freqüentemente têm de ser tomadas com prontidão e presteza. Essa pressa já contamina as relações pessoais. Relacionamentos começam e terminam em uma velocidade impensável há algum tempo atrás. As pessoas se permitem intimidades tão logo se conhecem. Mas igualmente têm pressa em seguir adiante, ao menor sinal de incompatibilidade. Isso logra banalizar, de certo modo, o contato humano.
A agilidade que tudo impulsiona tende a fazer com que se tome pouco cuidado no lidar com o semelhante. Esquece-se de que ele não é uma aplicação financeira ou um negócio a ser finalizado. Nessa urgência de viver intensamente, as pessoas esquecem algumas regras básicas de educação. Tornam-se quase desumanas, no afã de rapidamente partir para uma próxima etapa, mesmo sem atinar com o que vem a seguir.
À míngua de calma, vive-se na base de rompantes. Sem muito refletir, as pessoas falam e agem. Nesse processo, freqüentemente ferem os que as rodeiam. Mas não se preocupam com isso, de acordo com uma nova e rasa perspectiva de vida. Se confrontadas, afirmam-se apenas sinceras. Reputam como virtude o hábito de dizer o que pensam, sem se preocupar com os sentimentos alheios.
Contudo, ninguém aprecia ser tratado com rudeza. Mesmo quem age rudemente não gosta de receber pontapés. Segundo um antigo provérbio, a verdade é como uma jóia preciosa. Se uma jóia for atirada com violência na face de alguém, provocará ferimentos ou até cegueira. Mas se for oferecida em um belo embrulho, de forma gentil, agradará bastante. Então, é preciso cuidado com a forma como a verdade é aplicada na vida do próximo.
Uma verdade feroz apenas gera ferimentos e animosidade. Mas se ela for apresentada com tato e gentileza, há grande chance de ser bem aceita. Contudo, para ser gentil é necessário gastar algum tempo. A gentileza é incompatível com rompantes. Para não ser causa de sofrimentos e mágoas, reflita antes de falar e agir. Lembre que ação gera reação. O tratamento que você concede aos outros mais tarde lhe será concedido. Deixe a rapidez e a pressa para questões objetivas, como negócios e notícias.
Em suas relações, seja calmo e ponderado. Quem reage ao primeiro impulso, tem grandes chances de se arrepender.
O hábito de formular juízo de valor com rapidez implica, não raro, condenar sem permitir defesa. Essa é uma atitude típica de déspotas, que sempre acabam sós. Relações amorosas ou fraternas não se consolidam sem dedicação e cuidado. Em clima de rudeza e insensibilidade, elas fenecem. Tempo pode ser dinheiro, como habitualmente se afirma. Mas a fortuna é uma compensação muito insignificante para a falta de amores e amigos. Pense nisso.
(Redação do Momento Espírita. - http://www.momento.com.br/)

Um comentário:

Anônimo disse...

Para que odiar, se e grande amar?
Se mudarmos a frequancia de nossos pensamentos so para o bem, encontraremos a paz interior. Beijos Nancy

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