23 novembro 2008

REFLETINDO*NOSOS FILHOS ...NOSSO TESOURO... 1*


Primeira parte


NOSSOS FILHOS, NOSSAS JÓIAS MAIS PRECIOSAS
Quando o assunto é "drogas", percebemos que há um número bastante significativo de pessoas que, instantaneamente, associam essa palavra aos produtos cujo consumo não nos é lícito, quais sejam: a maconha, a cocaína, o crack, etc.. No entanto, esquecem-se de que, tanto do ponto de vista físico quanto espiritual, outros produtos tóxicos, e de livre comércio, são tão prejudiciais ou mais perniciosos, até, do que aqueles, como, por exemplo: a bebida alcoólica, o cigarro, as drágeas confeccionadas em laboratórios, etc.. Quantos lares são desfeitos e quantos crimes são cometidos, cuja causa provém de estados de embriaguez? Quantas doenças incuráveis são diagnosticadas em pessoas que se lançaram à autocrueldade, pela dependência da nicotina? Portanto, o fato de a substância ser legal ou ilegal não tem uma relação direta com o perigo que oferece.

Quantas famílias desejariam que reinasse, nas pessoas a quem muito amam, a serenidade frente às crises que enfrentam na vida, e quantas gostariam que inexistissem hábitos autodestrutivos que, equivocadamente, adotam como suposta solução de seus problemas, causando dor e sofrimento a si mesmas e ao grupo familiar a que pertencem?

Aqueles que já se iniciaram nos maus vícios, mas ainda não estabeleceram um nível de intimidade maior com as drogas, os pais podem e devem ampará-los com serenidade, ajudando-os, fundamentalmente, a não se tornarem dependentes dessas substâncias tóxicas, além de lhes ensinar a manterem acesa a chama da esperança, incutindo neles a idéia de que estão, apenas, vivendo momentos difíceis de ajuste da alma em desalinho. Em razão disso, não devemos abandoná-los à própria sorte, pois ninguém se lança ao vício para ser infeliz, uma vez que todos almejam a felicidade.

Para todo dependente químico existe um tratamento específico. Quando a dependência é única e exclusivamente física, esta é anunciada nas crises de abstinência com reações de menor expressão, e a cura é relativamente fácil. Porém, quando a dependência é psicológica, as reações são bem mais agressivas, e a cura requer muito mais tempo. Daí a necessidade da compaixão, da renúncia e do irrestrito afeto familiar.

Os filhos, quando crianças, registram em seu psiquismo todas as atitudes dos pais, tanto as boas quanto as más, manifestadas na intimidade do lar. Crescem, observando os adultos utilizando tranqüilizantes ao menor sinal de tensão ou nervosismo e, quase que imediatamente, presenciam os primeiros sinais de serenidade e equilíbrio exercidos pela ação do medicamento. Quando ouvem os pais se referirem a uma xícara de café para se sentirem estimulados ou a um cigarro para se sentirem mais calmos, essas cenas passam a existir, por muito tempo, em seus escaninhos mentais e, quando se defrontam com as primeiras dificuldades, inerentes a todo ser em evolução, buscam nas drogas a pretensa harmonia existencial.

São atentos, igualmente, às atitudes dos pais dos amigos com os quais se relacionam e a contradição, então, transparece, posto que muitos deles têm maneiras diversas de lidar com um filho. Alguns são totalmente contra o uso de quaisquer drogas, legalizadas ou não, mas a maioria considera socialmente aceitável o consumo de bebidas alcoólicas, o vício do cigarro, o uso de "energéticos", etc.. Isso tudo, sem falar no grave problema dos benzodiazepínicos, barbitúricos e metadona, cuja ingestão permanente pode causar dependência como qualquer outra droga alucinógena ou não. Na verdade, as drogas não deveriam ser avaliadas, tendo por base a ilegalidade ou legalidade, mas pelos malefícios que elas acarretam à saúde. Os adultos têm sempre "desculpas de ocasião" e formas de justificar esses comportamentos paradoxais. Contudo, trata-se de um modelo de comportamento que não serve de referencial a alguém, muito menos àqueles que são adeptos aos moldes que Jesus nos veio ensinar.

Continua:

Por Jorge Hessen

FONTES:
(1) Disponível no site www.senado.gov.br/publicações acessado em 08/09/2007
(2) Autoridade não deve ser confundida com autoritarismo, arbitrariedade ou rigidez
(3) Franco, Divaldo Pereira. "Após a Tempestade", ditado pelo espírito Joanna de Angelis. Bahia: Editora LEAL, 2ª Edição
(4) Os neurônios guardam relação íntima com o perispírito, segundo André Luiz em "Mecanismos da Mediunidade"
(5) Xavier, Francisco Cândido. "Caminhos de Volta" - Espíritos Diversos

Nenhum comentário:

Facebook